terça-feira, 28 de abril de 2009

Palinogia Forense (Parte I)


O que é?

É a aplicação do estudo da estrutura, disposição e dispersão do pólen e dos esporos à investigação criminal.

Esta ciência, oriunda da Botânica, tem vindo a ajudar as ciências forenses a tornar crimes perfeitos em imperfeitos. Crimes como homicídios, violações, roubos, contrafacção de medicamentos, tráfico, contrabando e ainda terrorismo estão na mira desta área cientifica.

O trabalho do palinólogo forense, consiste na selecção e recolha de amostras (plantas e sol

os de locais de crimes, drogas ilegais, etc.), na realização de tratamentos químicos e na análise microscópica.

Nos seres vivos ou cadáveres encontrados, a colheita do pólen faz-se no cabelo, na cavidade nasal e se este o possuir, no vestuário. No cenário hipotético do crime, recolhem-se amostras de solo juntamente com pólen e plantas. Após estes processos, é possível obter o perfil palinológico das amostras. No fim, para se saber a origem geográfica, ou o percurso dos objectos, é necessário determinar se associação de espécies é característica de um determinado habitat. Caracteriza-se o ambiente/habitat, por exemplo, um pinhal, uma duna, um lago.

A transferência de pólen e esporos para um objecto ou/e uma pessoa, será, pois, uma espécie de filme exacto de uma ocorrência criminal.

Se duas amostras têm a mesma origem, o seu perfil palinológico será semelhante.




terça-feira, 21 de abril de 2009

Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala, parte II

A fotografia científica auxilia sob dois aspectos muito importantes. O primeiro é em benefício do próprio perito, que terá condições de visualizar posteriormente as condições exactas do local antes de qualquer exame e, com isso, poderá auxiliá-lo, em muito, na análise geral dos vestígios. O segundo aspecto é o facto de a fotografia servir futuramente como ilustração e prestar suporte visual, junto dos mecanismos ditados pela Lei que se seguem à investigação.
Durante o desenvolvimento de todo o exame do local e do cadáver, a fotografia deverá preceder qualquer outra atitude, no sentido de evidenciar o vestígio na sua forma original. Deste modo, cada detalhe que os peritos considerem importante, deve ser também fotografado. Nesta situação, há dois tipos: fotografia de pormenor e com recurso a ultra-violetas.


Fotografia de pormenor



Fotografia com recurso a ultra-violetas

Com recurso a ultra-violetas, consegue-se identificar tatuagens que à partida seriam difíceis de se percepcionar ou, por exemplo, quais os dentes chumbados e os respectivos compósitos que, contudo, podem ser uma informação importante para a investigação.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala

Retratos Robot
Os desenhistas têm que proceder à elaboração de um retrato baseado no que várias pessoas afirmam. São, por vezes, a única fonte de identificação de um criminoso.













Croquis da cena do crime

Outro recurso importante e necessário que os peritos não podem prescindir é a elaboração de um croqui do local, onde deverá constar a localização do cadáver e principais vestígios, com respectivas medições. O importante do croqui é a visualização geral, sendo que em muitos casos não é preciso elaborá-lo à escala. Evidencia pormenores, identifica áreas e marca a movimentação do suspeito e da vítima. No caso do cadáver, é necessário marcar todas as lesões sofridas pela vítima.